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Brasília é um mundo de sutilezas e individualidades que só quem mora aqui conhece. Afinal, você que é de fora sabe o que é pegar um baú? Botar fé? Ir pro parque de camelo? Brincar embaixo do bloco com a galera da quadra? Fazer o retorno na tesourinha?

Pensando em todas as sutilezas de nossa cidade, quis saber o que nos caracteriza. Num grupo do Facebook sobre os moradores e amantes de Brasília, o Nós que Amamos Brasília, eu fiz a seguinte pergunta: você sabe que está em Brasília quando…

As respostas foram as mais variadas, sendo que a maioria falava do céu e dos ipês (coisa linda). Algumas apontavam alguns aspectos negativos, que obviamente existem. Mas, nesse post, gostaria de mostrar a você, leitor, só as coisas boas de minha amada cidade.

Eu sei que estou em Brasília quando…

• Quando olho para o céu. (Temos o céu mais bonito do mundo _ desculpe-me a modéstia. Até Djavan já dizia: “Céu de Brasília, traço do arquiteto, gosto tanto dela assim…”).

• Quando vejo o Por-do-sol em Brasília, principalmente na seca

• Quando é domingo e o Eixão está fechado para os carros e vira o Eixão do Lazer.

• Quando saio para curtir o Eixão do Lazer e paro para pegar amora no pé.
• Quando assisto a um filme no Cine Drive-in.
• Quando consigo visualizar o horizonte de qualquer lugar.
• Quando me perco numa tesourinha. (Os retornos em Brasília são chamados de tesourinhas e podem confundir um pouco os visitantes desavisados.)
• Quando os motoristas, nos acessos às tesourinhas, respeitam a ordem “um de cá outro de lá”.
• Quando alguém te passa um endereço formado apenas por letras desconexas e números (Tipo SQN 110 – Todo brasiliense sabe onde fica isso.)
• Quando pego um baú (é como os brasilienses chamam os ônibus).

• Quando chove numa das pistas do Eixão e na outra, logo ao lado, nem sinal de chuva… simples assim.
• Quando tá um sol mas você leva casaco mesmo assim porque em Brasília nunca se sabe, porque as quatro estações do ano acontecem no mesmo dia.
• Quando eu vejo blocos de seis andares “afogados” em multidões de árvores contrastados com o céu mais espetacular do mundo.
• Quando você vê a grama ficar seca, marrom. Até que chegam a chuvas e tudo renasce!
• Quando chego de carro no DF, e vejo uma placa dizendo: “senhor visitante, em Brasília evitamos buzinar”. E é verdade!

• Quando caminho entre as árvores.
• Quando vejo árvores frutíferas carregadas nas ruas.
• Vejo as mangueiras carregadas de mangas e o povo catando.
• Quando os ipês florescem no meio da seca

• Quando as pessoas param os carros para fotografar os ipês floridos na época da seca.
• Quando começa a chover depois de 3 meses de seca e as pessoas colocam a mão pra fora da janela pra sentir os primeiros pingos e comemoram como se fosse Copa do Mundo.
• Quando a pele fica craquelada pela seca, os ipês dão um colorido especial ao cenário acinzentado da vegetação e a “dama da noite” perfuma a noite enluarada da Capital.
• Quando os flamboyants florescem pela cidade.
• Os carros param na faixa de pedestres. (Fomos a primeira cidade a adotar a faixa de pedestres há quase 20 anos.)

• Quando vejo os cobogós dos prédios

• Quando estou correndo no Parque da Cidade.

• Quando um amigo grita para brincar embaixo do bloco.
• Quando vejo o foguete do Parque Ana Lídia. (Ana Lídia é o parque mais antigo e tradicional de Brasília. Seu foguete divertiu gerações de brasilienses).
• Quando as pessoas aproveitam o Lago Paranoá como se fosse mar.

• Quando vou ao Beirute (o mais tradicional boteco da cidade).

• Quando passo no Conjunto Nacional. (Conjunto Nacional é o primeiro shopping da cidade, inaugurado em 1971, a cara de Brasília).

• Quando ouço a expressão “Véi do Céu”.
• Sei que estou em Brasília quando me sinto feliz.

Veja também

• Onde comer bem em Brasília?
• As cervejas artesanais de Brasília
• Programas gratuitos em Brasília
• Programas fora do cartão postal da capital federal
• Parque Olhos d’Água

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