Cumuru, para os íntimos
Pense numa cidadezinha com duas ruas… todas de terra. Pense num mar verde, caaalmo (apesar de a Sheila achar que é um ‘mar revolto’), e quente. Uma piscina natural, quente e tranquila. Pense numas barracas de praia em que se pode dormir sob as castanheiras, sem ter que disputar sombra em guarda-sóis minúsculos. Uma praia em que não se disputa lugar para sentar, nem mesmo no Reveillon.
Essa é Cumuruxatiba, Cumuru para os íntimos, uma cidadezinha no litoral sul baiano, onde só se chega por estrada de terra. Já passei três reveillons em Cumuru, todos divertidíssimos, em que dividimos o aluguel de uma casinha simples, que chegava a ocupar umas 20 pessoas. Cumuru é um lugarejo minúsculo, e o mais impressionante é que os restaurantes são 5 estrelas, todos com comida elaboradíssima, deliciosa, mas com preço acessível. E no dia seguinte à bebedeira, o bom é curtir um Volta à Vida, uma beberagem cura-ressaca, na praia. Êta vida boa…
Agora, com filhos, acho que deve ser um lugar muito bom de levar as crianças: não tem problema de mar revolto, não tem problema de carros nas ruas.
O parque do Monte Pascoal, onde reza a lenda que foi a primeira visão dos portugueses de nossas terras “d’além mar”, fica ali pertinho, a 110 km de Cumuru. Quando a gente pega um passeio de barco até a Ponta do Corumbau, um lugar divino, dá pra ver o Monte Pascoal do barco, assim como os portugueses. Essa ponta do Corumbau é linda, povoada pelos índios pataxós, mas o serviço de praia é muito precário, o lugar é completamente afastado de tudo… Pelo menos era, até a última vez em que eu estive ali, no reveillon de 2001 para 2002.
Outro passeio legal é até a Barra do Caí, praia distante 12 km de Cumuru. Da última vez, eu e alguns amigos fomos a pé, por isso, recomendo uma coisa para evitar micos: não faça como eu, faça esse passeio na maré baixa. Ponto final!
Serviço
Cumuru fica a 800 km ao sul de Salvador, depois de Porto Seguro. Dá para pegar um avião para lá e pagar transfer até Cumuru. Tem aeroporto (pequeno) também em Caravelas ou em Mucuri. De carro, vira-se em Teixeira de Freitas e pega-se uns bons quilômetros de estrada de terra até chegar a Cumuru. Uma vez, nosso carro quebrou em Cumuru bem na véspera da viagem de volta. Eu liguei para o seguro e, bem descrente, falei para o moço onde eu estava, no meio de Cumuru, longe de tudo, coisa e tal. Pois bem, o cara falou que o guincho chegaria dali a no máximo 53 minutos (ou algum número quebrado igual). Deitamos e relaxamos, claro que não acreditando naquela informação. De repente, menos de uma hora depois, escutamos o barulho característico do guincho chegando à nossa porta. I-NA-CRE-DI-TÁ-VEL! Parece história da Carochinha, mas só sei que foi assim.
Edna, faz 10 anos a última vez que fui a Cumuru. Sinto não poder ajudar, ainda porque a casa que eu alugava era super simples mesmo…