São Paulo

Medo ao fazer turismo no centro de São Paulo

jan 02, 2017 Adriana Magalhães
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Estava lá, em todos os guias de viagem. Quando eu pesquisava como chegar ao Pateo do Collegio e ao Centro Cultural Banco do Brasil – CCBB/SP, todos os guias me diziam para eu parar na estação de metrô da Sé e ir andando até lá. Afinal, são apenas 6 minutos de caminhada, uns 450 m segundo o meu amigo google maps. E foi para lá que eu fui – sozinha – num domingo.

Quando eu subi o metrô e me deparei com a belíssima Catedral da Sé, até que tive um alento. Estava acontecendo uma missa e não eu não podia tirar fotos, mas foi bom só observar a belezura que é a Catedral da Sé. Mas ao descer as escadarias, guardei a máquina fotográfica e o celular na bolsa, e comecei a me assustar.

Dezenas de moradores de rua e usuários de drogas ocupavam todos os espaços por ali. Muito colchão, muito cobertor e muita sujeira espalhadas. Eu confesso que fiquei com medo. Já tinha ligado o google maps, mas não tive coragem de tirar o celular da bolsa para olhar, então eu só ficava escutando a voz da moça me falando as direções, o que me fez ficar perdida num momento. Não vi nenhum policial em nenhuma ocasião. Mas vi alguns ciclistas que pedalavam ali, parecia que participavam de grupo de ciclismo, o que me deixou mais tranquila.

Desabafo

Foi uma alegria e um alívio visualizar finalmente os pontos turísticos e ver seguranças e policiais por perto. #ficaadica para o governo da cidade. Os pontos turísticos não são só o que se vê. O turista tem que chegar de alguma forma nos lugares. Mas não é apenas o turista que deve ser respeitado. O paulistano, o cidadão comum precisa ser respeitado, é preciso criar políticas públicas para incluir moradores de rua e dependentes químicos na vida em sociedade. Oferecer oportunidades para que saiam desse caminho.

Aliás, minha gente, esse não é um desabafo só com relação a São Paulo, mas infelizmente à grande maioria das cidades brasileiras.

Mas vamos continuar o passeio turístico, já que finalmente eu cheguei onde queria chegar.

São Paulo, Pateo do CollegioPateo do Collegio – onde São Paulo começou

Os primeiros jesuítas chegaram ao Brasil em 1549 para evangelizar os indígenas. Do seu modo, têm grande participação na formação de nosso país. E com São Paulo não foi diferente. Em 1554, os jesuítas constroem a primeira escola na região, que era chamada de Piratininga. Estava sendo formada a maior cidade da América Latina. O Pateo do Colégio está bem preservado, e conta com um museu que expõe a história dos jesuítas na região, bem como arte sacra, com obras de séculos atrás. É o Museu Anchieta.

No térreo do Pateo do Collegio existe um café num ambiente super agradável, bem em frente ao jardim com a estátua de Anchieta. Jardim interno do Pateo do Collegio, onde São Paulo começou

Serviço – Pateo do Collegio

• Adulto: R$ 8,00
• Estudantes de escola particular, universitários e professores: R$ 4,00
• Estudantes de escola pública (Ensino Médio e Fundamental): R$ 2,00

Fachada externa do Pateo do Collegio, São Paulo

 

Museu da Imagem de São Paulo

Piso do Museu da Imagem, em São PauloQuase ao lado do Pateo do Collegio, está o Museu da Imagem de São Paulo, ou Casa n. 01, como também é conhecido. O imóvel é de 1880 mas antes dele já houve muita história neste lugar. Há registros indicando que, no local da Casa, o sertanista Francisco Dias tinha uma casa de taipa no local, nos idos da segunda metade do século 17.

A entrada é gratuita e vale a pena admirar a arquitetura do século 19, bem como a exposição que estava rolando ali, sobre fotografia publicitária, com algumas peças muito interessantes.
Exposição de fotografia publicitária, no Museu da Imagem de São Paulo

E bem ali, a apenas 240 metros do Pateo do Collegio, está o Centro Cultural Banco do Brasil de São Paulo.

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