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O Atacama…

out 25, 2010 Adriana Magalhães
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Depois de vermos tanto o deserto do Atacama pela TV, no resgate encantador dos mineiros chilenos, eu fiquei com uma saudadezinha daquele deserto…

Sim. Porque já estive no deserto do Atacama, na minha primeira viagem pela América do Sul, lá pelos idos de 1997. Eu, Bruno e Glauco saímos de Brasília em direção a Porto Alegre de busu (foi a parte mais chata da viagem). Dali para Montevidéu (de busu), depois conhecemos Buenos Aires (ah!, minha primeira vez em Bs. As., onde passamos uns 4 dias), ônibus também em direção a Santiago (com direito a ficar parado na fronteira por causa da nevasca). Alguns dias em Santiago, mais busu para o sul do Chile (minha primeira vez na Patagônia também) e depois busu para o norte do Chile…. o deserto do Atacama.

Claro que vocês já perceberam que andamos pra c… nessa viagem. Perto de 10 mil km.
Bom, mas então tínhamos saído de Santiago no busu em direção a Antofagasta, norte do Chile, no deserto do Atacama. Acordei com o dia amanhecendo, abri a cortina do ônibus e fiquei chocada com o que vi…
Nada nada nada nada e nada. Várias montanhas com nenhuma vegetação, nada mesmo…. Mas naquele nada, encontrei uma beleza indescritível: as tonalidades do sol batendo na pedra dura eram espetaculares.

Alugamos um carro em Antofagasta e fomos a San Pedro do Atacama, uma cidade no meio do deserto. Minúscula. Ficamos numa pousada sei lá qual. Mas já estou sabendo que San Pedro virou point e tem vários hotéis transadíssimos, com arquitetura totalmente adequada ao deserto.
Acordamos no meio da madrugada, no escuro, para nos arrumar para uma excursão em direção aos Geisers del Tatio. Bruno e Glauco tinham esquecido de comprar água e eles ficaram tomando vinho mesmo, naquela secura toda. Lá no deserto, eu ficava cheirando uma toalha molhada, para sentir o mínimo de umidade no meu corpo. A seca de Brasília é nada comparado com aquilo.

Depois de horas sacolejando na madrugada pelo deserto numa van cheia de italianos insuportáveis, chegamos aos Geisers del Tatio. Uma visão ESPLENDOROSA de fumaça saindo do chão, com o sol nascendo, naquela lindeza de deserto. Mesmo tendo passado quase 15 anos, aquela visão ainda ocupa minha memória. O povo da excursão só tinha sido incapaz de nos alertar sobre o frio de lascar que fazia (10 graus negativos) . Nem conseguíamos ficar lá fora para curtir toda aquela beleza.

Depois fomos para uns lagos termais, com água bem quentinha em contraste com a temperatura de 0ºC que fazia lá fora (já estava quente, já devia ser 9h da manhã).
Então fica a dica: o deserto do Atacama é um lugar para você ver, sentir e viver tudo aquilo que você nunca imaginou. Eu ainda quero voltar lá.
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